sábado, 5 de abril de 2014

Clássicas de março no ciclismo


 O mês de março sempre nos reserva grandes clássicas no ciclismo. Provas como Paris-Nice, Milan-San Remo e algumas outras, são sempre esperadas por equipes e ciclistas. Essas provas servem para preparar os atletas para as grandes voltas de 3 semanas. Neste link explico mais sobre as clássicas, recomendo que leiam e depois retornem.

Milan-San Remo

 Única clássica de um dia nessa lista, a Milan-San Remo 2014 contou com muita chuva e muito frio, o que naturalmente, abaixa o rendimento dos atletas. No inicio da prova, ainda em Milão, a fuga começou a abrir do pelotão, e chegou em determinado momento da prova com 10 minutos de vantagem. Peter Sagan, grande destaque da Cannondale na prova teve problemas com sua bicicleta, no entanto, sua equipe o trouxe de volta ao pelotão. Da metade para o fim da prova, a chuva, que já caia finamente, aumentou, deixando a estrada perigosa. O atual campeão do Giro D`Italia, Vicenzo Nibali tentou atacar restando 25 km mas foi neutralizado. Nos metros finais, tivemos uma grande surpresa: O imparavel Mark Cavendish cansou, e perdeu sua chance. O grande contrarrelogista, Fabian Cancellara bateu na trave mais uma vez e Alexander Kristoff da Katusha venceu.

Paris-Nice

 A Paris-Nice é uma das clássicas mais charmosa do World Tour, sendo comummente chamada de Corrida do Sol, pois, ao passo que a prova sai da capital, situada no norte do país e ruma ao sudeste, para a região conhecida como Cote D`Azur situada no mar Mediterranio e onde está a cidade de Nice, o clima vai ficando mais quente. A primeira etapa da prova foi um trecho plano, onde os sprinters provavelmente venceriam. Essa etapa marcou a queda e o abandono de Tejay Vangarderen da BMC, um do grandes favoritos. Outro que caiu também foi Nacer Bouhanni, que mais tarde venceria a etapa. O segundo trecho da prova, foi novamente plano, e a vitória ficou com Moreno Hofland da Belkin. A terceira etapa, teve sua chegada no circuito de Magny-Cours, que foi casa da Formula 1 na França e o sprint final foi vencido por John Degenkolb da Giant-Shimano, e ainda assumiu a camisa amarela. A quarta etapa foi um misto de plano e montanhas, e a vitória ficou com Tom Jelte Slagter numa disputa categorizada por uma montanha. A quinta etapa começaria a mexer na classificação geral, com uma etapa de média-montanha e a vitória foi de Carlos Betancur da AG2R e a amarela ficou com Geraint Thomas. A sexta etapa foi novamente muito disputada e o vencedor pela segunda vez na prova ficou com Betancur que abriu vantagem na classificação geral. A sétima etapa foi uma das mais emocionante do tour e deixou totalmente em aberto a decisão, que aconteceria no domingo. Era uma etapa de alta montanha e o grande vencedor foi Tom Slagter, que venceu o campeão mundial Rui Costa e o líder geral Carlos Betancur. A última etapa foi mais uma vez emocionante e  Arthur Vichot, campeão francês, foi o vencedor, com Betancur sendo o grande campeão da Paris-Nice 2014.

Tirreno-Adriático

 O Tirreno-Adriático, também conhecido como Corrida dos dois mares, por ser realizada entre as costas dos mares Tirreno e Adriatico. A primeira etapa do certame marcou um contra relógio de 16km por equipe. A grande vencedora foi a Omega-Pharma Quick-Step, que teve Mark Cavendish cruzando em primeiro e assumindo a camisa azul, de líder geral. A segunda etapa foi um trecho plano onde os sprinters tiveram que mostrar serviço e com os principais favoritos para a etapa sendo surpreendidos por Matteo Pelucchi. A terceira etapa foi mais uma vez plana e com uma leve subida no fim, o vencedor foi Peter Sagan, da Cannondale. Michael Kwiatkowsky da Quick-Step assumiu a camisa azul. A quarta etapa foi a mais longa do tour com 237 km e com chegada ao alto, onde os montanhistas deveriam ficar com a vitória de Alberto Contator, que contou com a ajuda de seu companheiro de equipe, Kreuziger. A quinta etapa mais uma vez era de alta montanha terminando em subida. Novamente Contador venceu, só que dessa vez, ele escalou sem sua equipe e mostrou que está em ótima forma, e assumiu a camisa azul, praticamente garantindo o título. A sexta etapa já não tinha mais tanta emoção, já que era um trecho plano e Contador difícilmente perderia tempo naquela etapa, e não perdeu, ficando a vitória com Mark Cavendish da Quick-Step. A última etapa foi um contra-relógio curto, de pouco mais de 9 km, sendo a última chance de os ciclistas baterem o ciclista da Saxo-Tinkoff, Alberto Contador, que não é um contrarrelogista, mas sempre faz boas provas nesse estilo. O grande vencedor da prova foi Adriano Malori da Movistar e ciclista da casa. El Pistolero Alberto Contador levou para casa a camisa azul e já se credencia para vencer um grande volta nesse ano.

 Em abril temos mais algumas clássicas importantes e você pode acompanhar tudo aqui. Em maio temos a primeira grande volta do ano o Giro D`Itália.

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